sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ESPECIAL BATMAN - Parte 03: Batman Eternamente (1995)


Ok, depois de termos falado de dois (apesar dos defeitos) clássicos filmes do Morcegão dirigidos por Tim Burton, vamos começar a falar agora de outros dois filmes menos memoráveis...

Com vocês...

                                                      
                                                        Batman Eternamente (1995)

Bem, depois de “Batman – O Retorno” ter sido menos bem-sucedido em bilheteria do que seu antecessor, e depois de causar medo em criancinhas choronas, a Warner decidiu que o próximo filme de Batman deveria ser um entretenimento para toda a família. Por isso, Tim Burton foi demitido do cargo de direção e tornou-se apenas o produtor, e em seu lugar foi chamado Joel Schumacher. Tudo parecia caminhar para o rumo certo, afinal Schumacher já era um velho conhecido do estúdio e da crítica: havia dirigido o clássico “Os Garotos Perdidos” de 1987 e fez o bem-sucedido “Um dia de Fúria”, com Michael Douglas em 1993 para a Warner. Ele parecia ser a opção ideal para ocupar a cadeira de diretor de um filme como esse pois realizava filmes sérios e que eram garantia de bons números.
Michael Keaton, que fizera Batman nos dois filmes de Burton, não concordou em participar deste, e então foi substituído por Val Kilmer. Kilmer teve diversos problemas com Schumacher, o que rendeu um clima tenso durante toda a produção do filme. Vários nomes de peso se juntaram ao elenco: Tommy Lee Jones, Nicole Kidman e Jim Carrey foram contratados para fazerem o Duas Caras, a Dra, Chase Meridian e O Charada, respectivamente. Enfim, após muito se esperar, finalmente o filme chega aos cinemas em 16 de Junho de 1995.
Na trama, Batman (Kilmer) tem que combater o Duas-Caras (Tommy Lee Jones), que antes era um promotor honesto e que através de um ácido lançado em seu rosto por um membro da máfia acaba ficando louco e transforma-se em um criminoso que culpa o Morcego pelo acontecido. Desta vez, Batman tem a ajuda da Dra. Chase Meridian (Nicole Kidman), que queria conhecer o  herói (muito) pessoalmente.
Enquanto isso, um funcionário da Wayne Enterprises, Edward Nygma (Jim Carrey) trabalha em uma doentia invenção: um leitor de mentes que seria acoplado em todas as Televisões de Gotham City. Bruce Wayne rejeita o invento, assim como um dos chefes da empresa que Nygma mata e depois faz todos pensarem que cometeu suicídio. Agora, assumindo a identidade do Charada, se une com Duas-Caras, prometendo ajuda-lo a descobrir quem é o Batman se este o ajudar a conseguir dinheiro para lançar seu invento. Porém, Batman não estará sozinho na luta contra a dupla, pois Dick Grayson (Chris O’Donnell), um jovem que teve sua família morta pelo Duas-Caras, assume a identidade de Robin e planeja vingar-se do vilão.
“Batman Eternamente” parece até interessante, porém o jeito como a história é contada, a direção capenga, entre outros problemas, o fazem um filme simplesmente absurdo e impossível de se levar a sério. O filme até começa bem, com um clima opressor mas visivelmente mais acolhedor que o clima dos filmes de Tim Burton, porém qualquer expectativa sobre ele desmorona logo após as primeiras linhas de diálogo do filme:
Alfred: “- Posso persuadí-lo a levar um sanduíche para viagem?”
Batman: “- Eu passo no Drive Thru.”
EEEECAAA! Além disso, ainda temos Val Kilmer extremamente canastrão e que não impõe respeito como Batman de verdade. Os problemas ainda não acabaram: A Dra. Chase de Nicole Kidman, apesar de uma ser fatalmente sedutora, é um dos personagens mais chatos que já colocaram em um filme de Super-Herói, o Robin, que é um criança órfã e indefesa que é treinada por Batman para tornar-se um vigilante, aqui no filme interpretado por O’Donnell, já é um marmanjo crescido com quase 30 anos que Bruce Wayne acolhe em sua casa (hmmmmmmm...), depois não querem que falem...
Sem falar que a Gotham de Joel Schumacher é beeem diferente daquela que conhecemos. Em vez de uma cidade gótica e sombria, o que vemos é uma metrópole espalhafatosa coberta por neon e com holofotes e estátuas enormes em todos os cantos. Outro ponto baixíssimo e que ajuda a enterrar o filme são as caracterizações dos vilões: enquanto que em “Batman: A Série Animada”, que estava no ar durante a produção dos três primeiros filmes, o Charada e o Duas-Caras eram vilões extremamente maus e carismáticos, aqui eles são apenas dois palhaços que vivem dando risadinhas e vestem roupas engraçadas. Tommy Lee Jones é praticamente uma cópia canastrona e exagerada do Coringa de Jack Nicholson, lá do primeiro filme. Enfim, uma abominação só, porém isso não impediu o filme de tornar-se a segunda maior bilheteria de 1995, atrás apenas de “Toy Story”, de John Lasseter.
Alguns críticos aprovaram o filme, outros ,seguindo o exemplo dos fãs, o abominaram, mas no meio disso tudo algumas pessoas estavam felizes: os executivos da Warner adoraram a recepção comercial do filme e rapidamente encomendaram uma sequência. E o resultado dessa tragédia eu conto na Parte 04 do ESPECIAL BATMAN.

Trailer de “Batman Eternamente”


Batman Forever (EUA,1995)
Direção: Joel Schumacher
Elenco: Val Kilmer, Tommy Lee Jones, Jim Carrey, Nicole Kidman, Chris O’Donnell, Drew Barrymore, Michael Gough, Pat Hingle

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